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It - A Coisa: Pennywise x Os medos da sociedade
15:00Olá pessoal, tudo bem? Última semana do mês, e que mês hein? A quantos fim do mundo nós sobrevivemos mesmo? A galera não cansa de inventar d...
Olá pessoal, tudo bem? Última semana do mês, e que mês hein? A quantos fim do mundo nós sobrevivemos mesmo? A galera não cansa de inventar data pra isso. Bom, eu tinha comentado lá no twitter que ia ter post aqui no blog semana passada, mas não rolou. Mas, antes tarde do que nunca, eis o post prometido.
Um dos filmes mais aguardados e comentados do ano foi It - A Coisa, baseado no livro homônimo de Stephen King. King é conhecido por escrever histórias de terror/suspense, o que fez com que todos nós criássemos uma grande expectativa para o filme, afinal, na década de 90 tivemos um telefilme intitulado "It: uma obra prima do medo" baseado no mesmo livro, onde o palhaço Pennywise causou medo em muita gente.
Pennywise é muito bem retratado nessas duas partes da história no livro, afinal são mais de 1mil páginas. Não só ele quanto as crianças também, e ir ao cinema ver tudo isso, de fato me gerou uma grande expectativa.
Dirigido por Andy Muschietti, o filme superou as minhas expectativas em relação a muitas coisas. Foram elas: a retratação de cada personagem e suas ações. O Elenco foi escolhido com sabedoria e os efeitos especiais também foram excelentes. O que eu não gostei no filme: a franquia prometia terror. "Ah, mas o livro tem cenas muito engraçadas. Alguns dos personagens são engraçados". De fato. Mas, ainda assim era essa a promessa da trama e acho que isso não foi atingido com tanta excelência. Eu particularmente imaginava que as cenas engraçadas viriam para "quebrar" um pouco da tensão que haveria no filme, mas confesso que entre medo e gargalhadas, eu ri muito mais do que me encolhi na cadeira do cinema.
Mas, vou me ater às partes positivas: a adaptação mostra apenas o que ocorreu em 1958, só a parte dos flashbacks do livro, e tudo isso foi passado pra mim com perfeição. A primeira cena foi extremamente magnífica e eu fiquei totalmente encantada com aquilo. De início, Pennywise me assustou um pouco, mas sabe quando você leva o susto porque você de fato não imaginava que algo ia acontecer? Pois é. Isso não aconteceu muito comigo. A toda hora é possível saber quando o palhaço ia aparecer. Dava um medinho, uma agonia? Dava. Mas nada do que eu realmente estava esperando. Se era essa a intenção do diretor e dos roteiristas, O.K.
Depois dessa primeira cena, a adaptação segue por rumos diferentes. O filme brinca com a nossa mente em relação com o que é e não é real. O palhaço muda de forma, fantasia, mas seus ataques ferem de maneira bastante realista. Ele é perverso, e é notável que ele prefere brincar com as 7 crianças do que matá-las de uma vez. Ele gosta de causar o pânico, e ele consegue isso.
Além de várias outras coisas positivas no filme, algo de suma importância foi abordado: a soma das minorias. Um gordo, um negro, uma garota valente... O bullying constante, e mostra que unidas, as crianças conseguem vencer seus medos, e eu acho que isso serve de lição pra muita gente. Pennywise e suas diferentes formas, retrata o medo diário, e isso nos mostra o quão bagunçado o mundo é.
"It - A Coisa é um filme que exige sacrifícios de personagens, de crenças no futuro, de idealizações sobre pais e instituições - todos falhos ou ausentes nesta história. O imaginário de que “qualquer um pode ser feliz caso se esforce de verdade” é brutalmente destruído pelas perspectivas cinzentas do roteiro. Os adultos já se perderam, e talvez não tenham solução. Cabe aos pré-adolescentes, que retornam em 2018 na sequência do filme, trazer alguma mudança estrutural ao cenário. Enquanto isso, precisam combater a representação máxima do perigo adulto, Pennywise, o palhaço dançante, capaz de aparecer num programa de televisão, na voz de uma doce apresentadora infantil, incentivando jovens a assassinarem brutalmente seus próprios pais.". Bruno Carmelo.
Em resumo, a obra ganha muito mais por tudo o que aborda do que pelo terror que prometia, o que fez com que muitos achassem o filme trash no sentido terror. Saí da sala de cinema muito mais tranquila do que estava na hora que entrei e muito mais pensativa ao ver como a sociedade está, do que pensando na figura assustadora do palhaço, pois de fato, ele é assustador. Mas só nos primeiros 5 minutos.
Foi confirmada recentemente a continuação para 6 de Setembro de 2019, onde as crianças serão adultas e o aterrorizante (ou talvez nem tanto) palhaço Pennywise volta a atacar. Resta a nós esperar. Aos que estavam esperando Terror, como eu, talvez ele venha em 2019, ou talvez seja apenas mais uma reflexão de como está mundo.
E vocês, o que acharam do filme? Deu medo? Trash ou não?
Até a próxima.
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Agora em 2017, 27 anos depois do telefilme (dica: na história do livro, o palhaço ataca a cada 27 anos), tivemos um remake em longa metragem que bateu recorde de bilheteria. O filme chegou aos cinemas no dia 7 de Setembro, e eu não via a hora de poder assistir. Após encontrar dois amigos dispostos a irem comigo assistir (eu adoro terror, mas não iria sozinha), fomos ver tudo isso em tela grande.
Primeiramente, vamos a uma breve sinopse:
"Um grupo de sete adolescentes (mas eu considero crianças) de Derry, uma cidade no Maine, formam o auto-intitulado "Losers Club" - o clube dos perdedores. A pacata rotina da cidade é abalada quando crianças começam a desaparecer e tudo o que pode ser encontrado delas são partes de seus corpos. Logo, os integrantes do "Losers Club" acabam ficando face a face com o responsável pelos crimes: o palhaço Pennywise." Fonte: Adorocinema.
Bem, o longa tinha uma tarefa gigantesca: retratar 7 personalidades diferentes além de desenvolver o assustador palhaço Pennywise, que muda de aparência e suas formas de atacar de acordo com o medo de cada pessoa.
No livro, a história é contada através de flahsbacks de 1958 (quando as crianças faziam parte do "Losers Club"), e de 1985, quase 30 anos depois, quando eles voltam a se reunir para acabar com A Coisa, que voltou a atacar na cidade.
Dirigido por Andy Muschietti, o filme superou as minhas expectativas em relação a muitas coisas. Foram elas: a retratação de cada personagem e suas ações. O Elenco foi escolhido com sabedoria e os efeitos especiais também foram excelentes. O que eu não gostei no filme: a franquia prometia terror. "Ah, mas o livro tem cenas muito engraçadas. Alguns dos personagens são engraçados". De fato. Mas, ainda assim era essa a promessa da trama e acho que isso não foi atingido com tanta excelência. Eu particularmente imaginava que as cenas engraçadas viriam para "quebrar" um pouco da tensão que haveria no filme, mas confesso que entre medo e gargalhadas, eu ri muito mais do que me encolhi na cadeira do cinema.
Mas, vou me ater às partes positivas: a adaptação mostra apenas o que ocorreu em 1958, só a parte dos flashbacks do livro, e tudo isso foi passado pra mim com perfeição. A primeira cena foi extremamente magnífica e eu fiquei totalmente encantada com aquilo. De início, Pennywise me assustou um pouco, mas sabe quando você leva o susto porque você de fato não imaginava que algo ia acontecer? Pois é. Isso não aconteceu muito comigo. A toda hora é possível saber quando o palhaço ia aparecer. Dava um medinho, uma agonia? Dava. Mas nada do que eu realmente estava esperando. Se era essa a intenção do diretor e dos roteiristas, O.K.
Depois dessa primeira cena, a adaptação segue por rumos diferentes. O filme brinca com a nossa mente em relação com o que é e não é real. O palhaço muda de forma, fantasia, mas seus ataques ferem de maneira bastante realista. Ele é perverso, e é notável que ele prefere brincar com as 7 crianças do que matá-las de uma vez. Ele gosta de causar o pânico, e ele consegue isso.
Além de várias outras coisas positivas no filme, algo de suma importância foi abordado: a soma das minorias. Um gordo, um negro, uma garota valente... O bullying constante, e mostra que unidas, as crianças conseguem vencer seus medos, e eu acho que isso serve de lição pra muita gente. Pennywise e suas diferentes formas, retrata o medo diário, e isso nos mostra o quão bagunçado o mundo é.
"It - A Coisa é um filme que exige sacrifícios de personagens, de crenças no futuro, de idealizações sobre pais e instituições - todos falhos ou ausentes nesta história. O imaginário de que “qualquer um pode ser feliz caso se esforce de verdade” é brutalmente destruído pelas perspectivas cinzentas do roteiro. Os adultos já se perderam, e talvez não tenham solução. Cabe aos pré-adolescentes, que retornam em 2018 na sequência do filme, trazer alguma mudança estrutural ao cenário. Enquanto isso, precisam combater a representação máxima do perigo adulto, Pennywise, o palhaço dançante, capaz de aparecer num programa de televisão, na voz de uma doce apresentadora infantil, incentivando jovens a assassinarem brutalmente seus próprios pais.". Bruno Carmelo.
Em resumo, a obra ganha muito mais por tudo o que aborda do que pelo terror que prometia, o que fez com que muitos achassem o filme trash no sentido terror. Saí da sala de cinema muito mais tranquila do que estava na hora que entrei e muito mais pensativa ao ver como a sociedade está, do que pensando na figura assustadora do palhaço, pois de fato, ele é assustador. Mas só nos primeiros 5 minutos.
Foi confirmada recentemente a continuação para 6 de Setembro de 2019, onde as crianças serão adultas e o aterrorizante (ou talvez nem tanto) palhaço Pennywise volta a atacar. Resta a nós esperar. Aos que estavam esperando Terror, como eu, talvez ele venha em 2019, ou talvez seja apenas mais uma reflexão de como está mundo.
E vocês, o que acharam do filme? Deu medo? Trash ou não?
Até a próxima.
